domingo, 23 de junho de 2013

Ressuscitar o leão

É do conhecimento público que um clima de crise financeira e desportiva paira sobre Alvalade. O futebol português necessita urgentemente que o emblema lisboeta retorne às luzes da ribalta. O grau de incerteza quanto ao vencedor do nosso campeonato vai diminuindo de época para época e o número de candidatos ao título restringe-se atualmente a apenas dois clubes. Nesse sentido, apresento, de seguida, algumas medidas que poderiam ser tomadas pelos dirigentes verde e brancos.


Antes de mais, é imperativo criar boas relações junto da banca e realizar um encaixe significativo com vendas, tanto para aliviar as dificuldades económicas que o Sporting atravessa, como também para atrair jovens que passem a ver o clube leonino como um trampolim para um "tubarão" europeu (algo que o FC Porto e o Benfica já fazem habitualmente). Como é sabido, Rui Patrício tem sido o jogador mais referenciado a outras equipas pela imprensa. Os seus 25 anos (há poucos GR com a qualidade do leiriense com menos de 27/28 anos), a sua tremenda qualidade (excelentes reflexos e muito bom nas saídas) e o facto de ser titular da seleção portuguesa servem de incentivo a uma eventual loucura realizada por um qualquer tubarão europeu. Tendo em conta as últimas movimentações do mercado, é expectável que o guardião luso possa rumar a outras paragens por um valor a rondar os 15 milhões de euros. Outros dos jogadores cuja saída seria recomendável de forma a avaliar a folha salarial e a acrescentar uns milhões aos cofres leoninos serão Rinaudo, Capel e Jeffrén. Na minha ótica, não são futebolistas que poderão representar uma clara mais-valia à turma de Leonardo Jardim e, além do mais, o seu passado dá-lhes mercado.

Como já foi referido anteriormente, outro dos passos a seguir é reduzir a folha salarial. O Sporting não possui receitas para pagar mais do que um milhão por ano a um atleta (esse deveria ser o novo teto salarial do histórico lisboeta). Nesse sentido, jogadores como Bojinov ou Onyewu deverão ser vendidos/dispensados. De acordo com o que é indicado pela imprensa, Miguel Lopes e Labyad auferem salários bastante elevados. Seria, por isso, aconselhável que Bruno de  Carvalho negociasse com o português e o marroquino uma redução salarial. Caso não fosse bem sucedido, a solução poderia passar pela venda de ambos, apesar do marroquino ter um potencial muitíssimo elevado.

Os leões têm também de voltar a apostar na cantera, aposta essa que já foi iniciada na época transacta. Claro que as qualidades de jogadores como Dier ou Esgaio poderiam ser aliada à contratação de um ou outro estrangeiro com o objetivo de colmatar determinada falha no plantel. É óbvio que em Alcochete moram algumas potenciais estrelas do futebol mundial. No entanto, também aqui mora um problema. Alguns desse jogadores poderão estar de malas aviadas... Bruma e Ilori, ambos bastante talentosos (principalmente o extremo nascido na Guiné), ainda não renovaram! BdC terá, então, de trabalhar na negociação da prolongação do contrato destas duas jovens promessas lusas.


Resta, portanto, a Leonardo Jardim, que, ao contrário dos seus precursores, não possui a pressão de tentar ser campeão, nem a de chegar longe nas competições europeias, tentar fazer o melhor possível com as condicionantes descritas anteriormente.

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