sexta-feira, 19 de abril de 2013

Swansea: a surpresa da Premier League

Humildade, juventude, irreverência e espírito de equipa: eis a receita para o incrível sucesso do Swansea esta temporada. Os galeses, com uma média de idades no plantel de cerca de 25 anos, têm sido a grande surpresa em Inglaterra, não só na Premier League (onde ocupa um honroso 9º lugar), mas também na Taça da Liga, na qual saiu vencedor (após vitória ante o Bradford por 5-0), pelo que o emblema do Liberty Stadium marcará presença na próxima edição da Liga Europa.

Os britânicos, que retornaram ao escalão máximo do futebol inglês no ano transato, caraterizam-se pela coesão e espírito de equipa possuindo, simultaneamente, um plantel muito organizado. Na posição de guarda-redes, o holandês Michel Vorm, de 29 anos, realizou 21 partidas na Liga Inglesa, alternando a titularidade com o experiente alemão Gerhard Tremmel, 34 anos, que completou 12 jogos na mesma competição. Os keepers, apesar de não serem extraordinários, são serenos, pelo que oferecem grande segurança. Michael Laudrup, treinador do Swansea, recrutou, esta época, vários jogadores a equipas espanholas. Um deles, habitual titular, é Chico Flores, que sem arriscar muito ofensivamente, é fiável a nível defensivo, já tendo feito 27 jogos esta temporada. Ashley William, por seu turno, também defesa, é o jogador mais utilizado esta temporada, tendo realizado 35 jogos. Ángel Rangel é outro elemento crucial, já tendo 31 partidas neste ano. Num plantel muito rotativo, o flamengo Tiendalli tem sido crucial, vindo a ser utilizado em várias ocasiões sem, no entanto, ser titular absoluto. O mesmo caso se passa com Garry Monk (10 jogos), Kyle Bartley (5 jogos), Neil Taylor (3 jogos) e Alan Tate (15 jogos). No centro do terreno de jogo, destacam-se o experiente Leon Britton (35 partidas) que, apesar de não ser propriamente novo (30 anos), ainda é o baluarte e símbolo deste Swansea; o médio/extremo Pablo Hernández (30 jogos e 3 golos), que dá verticalidade e magia aos Swans; o polivalente centrocampista Wayne Routledge, um dos melhores e mais influentes jogadores do emblema galês (tem 38 jogos e 5 golos); o neerlandês Jonathan de Guzmán (31 jogos e 5 golos), elemento indispensável no esquema de Laudrup; Nathan Dyer (31 jogos e 3 golos), que tem sido uma das revelações da época e Ki Sung-Yueng, que, pese não ser titular absoluto, tem feito alguns jogos (27), sendo um dos criativos do clube; e Ben Davies, um dos elementos mais valiosos, jovem (19 anos), inteligente técnica e taticamente e muito utilizado (35 jogos e 1 golo). Para além destes, outros jogadores também têm jogado, se bem que com menor frequência, caso de Kemy Agustien (17 jogos), que se tem revelado a arma secreta (foi suplente utilizado em 10 jogos). Na frente de ataque, a surpresa é o espanhol Michu, de 27 anos, contratado este ano ao Rayo Vallecano e que, este ano, já apontou 21 golos (17 no campeonato, que o torna no terceiro melhor marcador da prova) em 38 jogos. A substituir ou a acompanhar o hispânico, têm sido utilizados Italy Shechter (16 jogos, sem qualquer golo apontado), de baixo nível de gravidade (179cm) mas que não tem estado em grande forma e Luke Moore (18 jogos e 5 golos), muito rápido e elemento desequilibrador. Por fim, o treinador Michael Laudrup é adepto de futebol positivo mas pragmático, dando bastante valor à segurança defensiva e que tem feito um trabalho muito bom (grande parte do sucesso do Swansea é causado pelo dinamarquês).

Com presença garantida na Liga Europa do próximo ano, os Swans, apostando em alguma "prata da casa", têm realizado uma época muito bem conseguida, com excelentes resultados e que prova que não raras vezes o que interessa não é o orçamento (baixo no caso dos galeses, em comparação com os "tubarões" da Premier League). Até onde poderá chegar este clube?

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