domingo, 22 de julho de 2012

Um problema chamado Witsel

Após uma época espetacular, em que foi uma das estrelas mais cintilantes do Benfica, não é de estranhar que Axel Witsel seja, atualmente, um dos jogadores mais cobiçados do plantel benfiquista. Tal cobiça, pode garantir a entrada de fundos, redirecionados, possivelmente, para a contratação de dois laterais (esquerdo e direito). Segundo o que a imprensa tem veiculado, os encarnados estão obrigados a negociarem cerca de 3/4 jogadores nucleares, tal como Cardozo, Gaitán, Javi Garcia, Garay.

Apesar da tremenda qualidade e preponderância dos atletas atrás enumerados, é evidente que todos eles são substituíveis. Óscar Cardozo, apesar de não deslumbrar os adeptos, compromete-se com os golos, mais de 25, por temporada. Todavia, o "Tacuara" é substituível, quer por elementos do atual plantel, devido ao enorme leque de opções atacantes que Jorge Jesus tem ao seu dispor, quer graças à contratação de um forasteiro, com caraterísticas similares ao paraguaio. Nico Gaitán é o elemento mais fácil de substituir. Ciente de que o argentino era cobiçado pelo Manchester United, Luis Filipe Vieira não perdeu tempo e aprontou-se a reforçar a equipa com Ola John, jogador que vem para preencher o espaço que o ex-Boca Juniors deverá deixar vago. Além do mais, apesar de demonstrar possuir classe, Gaitán nunca se afirmou como estrela maior do conjunto dirigido por Jorge Jesus. Javi Garcia tem evoluido bastante ao longo da sua estadia na Luz, tendo-se tornado um médio-defensivo completo, capaz de destruir e construir jogadas. Porém, existem alguns médios-defensivos no mercado, para além de Matic, que há um ano que tem aprendido para ser o substituto natural de Javi. Por fim Garay, um central que se tornou indiscutível no onze lisboeta e que se demonstra como o complemento perfeito de Luisão, seu colega de setor.

Perante estes factos, torna-se evidente que a situação mais complicada é a de Axel Witsel. Para além de ser interessante do ponto técnico, Witsel também é muito evoluído do ponto de vista táctico. No fundo, o belga é uma espécie de todo-o-terreno, vagueia pelo campo todo a recuperar a bola ou a colocá-la no seu colega mais bem posicionado. Ora bem, no mercado, a percentagem de jogadores com caraterísticas semelhantes ás de Witsel é bastante diminuta, e os que se igualam a Axel têm um preço de mercado elevadíssimo.

Perante tudo isto, urge fazer a questão: a venda de Witsel será proveitosa ou não? Do ponto de vista finaceiro, talvez o seja. Porém, sem o ex-Standard de Liége, o equílibrio do Benfica no meio-campo fica comprometido.

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