segunda-feira, 16 de julho de 2012

Espanha, Espanha e Espanha!

Campeã do Euro de Sub-19 de 2012 (Estónia)
Desde 2002 que os espanhóis já venceram por 6 ocasiões o Campeonato Europeu de Sub-19. Este ano, na Estónia, derrotaram por 1-0 a Grécia com um golo do "merengue" Jesé Rodríguez , voltando a subir ao topo da Europa. Surgem agora outros jovens já habituados a vencer prontos a suceder a Iniesta, Xavi e companhia. A pergunta a fazer é a seguinte: depois de vencerem dois Euros e um Mundial seguidos e sabendo que o seu futuro parece estar assegurado, onde irá parar esta saga de vitórias internacionais de Nuestros Hermanos?

Impressiona igualmente a facilidade com que as seleções espanholas ganham títulos. Jesé Rodríguez (já avaliado na rubrica Craques de Amanhã, ler aqui), melhor marcador, com 5 golos, e melhor jogador da prova, e o "culé" Gerard Deulofeu, um autêntico desequilibrador, e Campaña, um médio de grandíssima qualidade, foram os destaques individividuais dos espanhóis, que praticaram um futebol fabuloso assente na filosofia de toque e passe. Suso e Oliver Torres são também muito importantes no meio-campo e a capacidade de possuir futebolistas como Paco Alcácer (ler aqui) ou Denis Suarez é empolgante.

Na finalista Grécia, que surpreendeu tudo e todos (inclusivemente, eu), o espírito combativo e inteligência tática e defensiva veio ao de cima e, ofensivamente, alguns jogadores de muita qualidade fazem sonhar os adeptos gregos. O guardião, já internacional AA, Stefanos Kapino é provavelmente o jogador sub-19 mais promissor na sua posição. O central Bougaidis, o trinco agressivo Ballas, o criativo Kaitidis e o extremo Gianniotas são também grandes destaques, mas o finalizador Diamantankos é a estrela da equipa.

De salientar também a qualidade dos franceses que foram eliminados nas meias-finais, apenas nas grandes penalidades, pelos espanhóis. Em termos individuais, nos gauleses, o jogador que se apresentou a melhor nível foi o atleta da Juventus Paul Pogba (ler aqui). O avançado do FC Porto, Thibaut Vion, realizou também um bom torneio, fazendo um golo e sendo um dos mais utilizados por Pierre Mankowski. Na Inglaterra, destacou-se a qualidade dos seus jogadores mais ofensivos, entre os quais, de destacar o médio-ala do Birmingham, Redmond (principal estrela dos ingleses), Robert Hall e o possante Saido Berahino. No meio-campo, além do combativo Lundstarm, Ross Barkley destaca-se: é tecnicista, inteligente em termos táticos e muito criativo. Atrás, o sportinguista Eric Dier, apesar da imensa qualidade, não impressionou, ao invés do atleta do Liverpool, Jack Robinson.

Por seu turno, a seleção nacional, apesar de ter conseguido o apuramento para o Mundial de Sub-20, não passou da fase-de-grupos. Apesar do ataque se ter salientado, a defesa falhou pelas mais diversas ocasiões (Rafael Veloso, Tiago Ilori e Daniel Martins não são nada de especial), apesar da qualidade de João Cancelo e de Tiago Ferreira. No meio-campo, o benfiquista André Gomes e os sportinguistas Agostinho Cá e João Mário demonstraram imenso potencial. Na frente de ataque, Ricardo Esgaio não impressionou (é lateral e não extremo), ao contrário do leonino Bruma e da águia Ivan Cavaleiro, além de Betinho ter apresentado, a espaços, rasgos de goleador. Triste a falta de aposta em jogadores como Cafu ou Tozé, futebolistas fenomenais.

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